27 julho, 2011

75 FILMES ONLINE: CLÁSSICOS E RARIDADES

Àu bout de souffle

Quer assistir a clássicos da história do cinema de graça? Aqui está uma lista de 75 filmes clássicos disponíveis gratuitamente na web, entre comédias, dramas, documentários e obras raras de grandes nomes como Hitchcock, Godard, Kurosawa, Polanski, Eisenstein, Frank Capra, David Lynch, Elia Kasan, Gus Van Sant. A lista inclui também o primeiro trabalho de Tarantino, de Buñuel, e o “filme perdido” de Kubrick.

Se você tem banda larga e se vira com a língua inglesa e/ou francesa, aqui está uma extraordinária e extensa biblioteca, que pode ainda ser um ótimo recurso para estudantes de cinema, jornalismo, história e literatura. Para mais títulos visite o site Open Culture.

TOP 10:

Àu bout de souffle (Acossado) – Clássico de Godard com Jean-Paul Belmondo. (1960) Aqui 

Dementia 13 – Filme de horror, um dos primeiros trabalhos de Coppola. (1963) Aqui ou aqui 

It Happened One Night – Clássico de Frank Capra, com Clark Gable. (1934) Aqui 

His Girl Friday – Clássico de Howard Hawks, com Cary Grant. (1940) Aqui 

L’Âge d’Or – Filme surrealista de Luis Buñuel, co-escrito por Salvador Dalí. (1930) Aqui 

Monty Python’s And Now For Something Completely Different – Dispensa apresentações. (1971)  Aqui

My Best Friend’s Birthday – Primeiro filme dirigido por Quentin Tarantino. (1987) Aqui 

Plan 9 from Outer Space – Um clássico de Ed Wood. Considerado um dos piores filmes da história do cinema. (1959) Aqui 

The Wild Ride – Cult que traz Jack Nicholson no papel de um jovem rebelde, um de seus primeiros papéis. (1960) Aqui 

The 400 Blows (Os Incompreendidos) – Dirigido por Truffaut, é um dos filmes que define a Nouvelle Vague (1959). Aqui 


COMÉDIA E DRAMA:

A Farewell to Arms – Gary Cooper estrela este clássico baseado no livro de Hemingway. (1932) Aqui 

Alexander Nevsky – Drama histórico do cineasta russo Eisenstein. (1938) Aqui e aqui 

Baby Doll  –  Filme controverso de Elia Kazan, escrito por Tennessee Williams. (1956) Aqui 

Cul-de-Sac – Thriller psicológico de Roman Polanski, com Jacqueline Bisset. (1966) Aqui 

Evidence – Curta sobre crianças assistindo cartoons, feito pelo realizador de Koyaanisqatsi. (1995) Aqui 

Fear and Desire – Versão uncut do raro “filme perdido” de Kubrick, que por não ter gostado do resultado o manteve fora de circulação por anos. (1953) Aqui 

Five Minutes to Live – História de um grande assalto, com Johnny Cash, Ron Howard e Merle Travis. (1961) Aqui 

Hell W10 – Filme mudo e preto e branco, dirigido por Joe Strummer, vocalista do The Clash. (1983) Aqui 

Hell’s House – Drama com Bette Davis, ambientado nos últimos dias da Lei Seca. (1932) Aqui 

Hiroshima mon amour – Filme de Alain Resnais, escrito por Marguerite Duras. (1959) Aqui 

His Divorce, Her Divorce Elizabeth Taylor e Richard Burton. O fim de um casamento por dois pontos de vistas diferentes. (1973) Aqui

Impressions de la haute Mongolie – Falso documentário surrealista dirigido (e estrelado) por Salvador Dalí. (1976) Aqui 

Indiscreet – Comédia com a estrela Gloria Swanson. (1931) Aqui 

Koyaanisqatsi – Filme de Godfrey Reggio, com trilha de Philip Glass. (1982) Aqui 

Lady Blue Shanghai – Curta de David Lynch para Dior. Com Marion Cotillard. (2010) Aqui 

Lost Horizon – Misto de romance e ficção científica de Frank Capra. (1937) Aqui 

Lumiere – Filme de David Lynch, de apenas 55 segundos. (1966) Aqui 

Meet John Doe – Comédia de Frank Capra, com Gary Cooper e Barbara Stanwyck. (1941) Aqui

Meetin’ WA – Neste curta Jean-Luc Godard encontra Woody Allen. (1986) Aqui

Moby Dick – Com Gregory Peck e Orson Welles. (1956) Aqui 

Mr. Smith Goes to Washington – Clássico de Frank Capra, com James Stewart. (1939) Aqui 

Night Tide - Thriller com Dennis Hopper em início de carreira. (1961) Aqui e aqui 

Pygmalion – Baseado na peça de Bernard Shaw. (1938) Aqui 

Rashomon – Do grande cineasta japonês Akira Kurosawa. (1950) Aqui 

Road to Bali – Musical com Bing Crosby e Bob Hope. (1952) Aqui 

Royal Wedding – Com Fred Astaire. (1951) Aqui 

She Done Him Wrong – Com Mae West e Cary Grant. (1933) Aqui 

Shame – Suspense de Roger Corman, com William Shatner, sobre homem enviado a uma cidade sulista para incitar conflitos raciais. (1962) Aqui 

Six Men Getting Sick (Six Times) – Primeiro curta de David Lynch. (1966) Aqui 

Sid and Nancy – Com Gary Oldman. Turbulenta história de Sid Vicious do Sex Pistols e a namorada Nancy. (1986) Aqui 

Slacker – Indie de Richard Linklater, que definiu a Geração X. (1991) Aqui 

Solaris – Drama introspectivo de Andrei Tarkovsky. (1972) Aqui 

The Alphabet – Curta de David Lynch. (1968) Aqui 

The Amputee – Curta de David Lynch para o American Film Institute. (1974)  Aqui 

25 julho, 2011

Malcolm McDowell e Anthony Burgess discutem "Laranja Mecânica"

 

Como já escrevi aqui, Laranja Mecânica (A Clockwork Orange) está completando quarenta anos. E mesmo quatro décadas depois, esta obra prima de Stanley Kubrick permanece um ícone do cinema e da cultura pop, com uma linguagem visual que consegue o feito de permanecer sempre atual.

Em homenagem a este que é um de meus filmes favoritos, segue o vídeo de um programa de TV de 1972, que reúne o escritor Anthony Burgess, autor do livro, o ator Malcolm McDowell, que deu vida ao protagonista Alex, e o crítico de cinema William Everson para debater a controversa e extraordinária versão de Kubrick.

Uma curiosa revelação: a canção Singin’ in the Rain foi introduzida no filme pelo próprio McDowell, que também afirma que, ao contrário da fama, Kubrick não é um diretor intransigente. Outro fato interessante é que o título do livro vem da expressão cockney as queer as a clockwork orange, que quer dizer algo aparentemente normal na superfície mas internamente disfuncional ou demente. Burgess explica também que a expressão mescla dois elementos, o orgânico e o automático, que representam a mente adulterada de Alex.

Destaque também para o cenário do programa, que parece ser tirado de 2001: Uma Odisseia no Espaço; para os hilários cortes de cabelo, e, é claro, para o fato de que os dois convidados fumam compulsivamente. As queer as 1972, I suppose...

14 julho, 2011

Depois da “social TV”, agora é a vez da "social Hollywood”



A idéia central de Inside - o novo filme de horror de DJ Caruso (Eu Sou o Número Quatro, Paranóia) - é experimentar o conceito de “cinema social”. Em Inside, usuários do Facebook, Twitter e YouTube são convidados a participar do filme e decidir o destino da protagonista vivida por Emmy Rossum.

O trailer mostra uma jovem que se encontra trancada em um quarto. Sem ter como escapar, sua única forma de contatar o mundo exterior é através de um laptop. E quem ela irá contatar? Você. Quando? A partir de 25 de julho.

Além de poder acompanhar e interagir em tempo real, há a possibilidade de co-estrelar, via webcam. Mas para isso é preciso ser selecionado em um casting call. No site do projeto, em apenas dois dias já foram postados cerca de cem vídeos de aspirantes a co-estrela. Tal processo de seleção não deixa de lembrar o formato já esgotado por Big Brother e The X Factor, mas, se serve de consolo, o objetivo final não é um reality show, mas sim uma ficção colaborativa.

O projeto - cujo slogan é "Her only way out will be to bring you in” - é financiado pelos gigantes Intel e Toshiba (alguém lembra do slogan da Intel?). Trata-se de um exemplo de branded content, característico de uma época que Frank Rose descreve como a era da imersão, onde somos participantes ao invés de espectadores, produtores de conteúdo e não apenas consumidores. As linhas divisórias entre conteúdo e marketing, narrador e audiência, nunca estiveram tão embaralhadas.

Nas palavras de Ron Smith, VP de marketing da Toshiba, o objetivo do projeto é “oferecer uma possibilidade única de envolvimento” com o público, que poderá “enxergar seu próprio nome, seus comentários e sua identidade social incluídas no projeto”. (Fonte: POPSOP)

Difícil prever se Inside dará certo, ou se este será um formato comum daqui a alguns anos. Mas é difícil não ficar ao menos um pouco curiosa. E empolgada com o fato de estar vivendo em uma época em que somos como crianças grandes brincando com brinquedos digitais caros. Brinquedos que podem mudar a forma como produzimos e consumimos entretenimento de uma forma assustadoramente radical.




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Emmy Awards: A maior premiação da não-televisão?


Acaba de sair a lista com os indicados para o 63o Primetime Emmy Awards, conhecido como a maior premiação da televisão. Ou talvez da “não-televisão”, já que a HBO lidera, pelo 12º ano consecutivo, com o maior número de indicações. Conhecida pelo seu slogan “NÃO É TV, É HBO”, o canal por assinatura vem desde o final do século passado reescrevendo a história da TV e criando novos parâmetros para o que é “qualidade” na TV. Lição que outros canais por assinatura como a Showtime, AMC e FX têm demonstrado ter aprendido bem.

Fica a dúvida, entretanto, se cedo ou tarde a Academy of Television Arts & Sciences não irá dividir a premiação em duas categorias, TV aberta e TV paga, pelo fato da competição acabar sendo injusta com as redes de sinal aberto que precisam agradar a gregos e troianos. Sinceramente espero que não, pois no final a audiência sai ganhando com a corrida pela qualidade. Mas acho curioso que esta questão ainda não tenha sido levantada.

Entre os indicados de 2011, destaque para a belíssima minissérie Mildred Pierce (HBO), estrelando Kate Winslet e Guy Pierce, que lidera a lista com 21 indicações, e as séries dramáticas Mad Men (AMC), com 19 categorias, e Boardwalk Empire (HBO), com 18.

Para a lista dos indicados nas principais categorias visite meu post no blog O Café.

09 julho, 2011

Ensaios em vídeo disponíveis online




Audiovisualcy é uma biblioteca online que reúne centenas de video essays feitos por estudantes de Cinema e TV do mundo todo, que optam por desenvolver suas análises e ensaios críticos em vídeo, ao invés de submetê-los por escrito. Os vídeos são editados (e narrados) por eles próprios, usando cenas do objeto de análise e às vezes até computação gráfica.

A curadora do projeto é a professora Catherine Grant, da School of Media, Film and Music da Universidade de Sussex.

Trata-se de uma ótima idéia para os estudos de mídia, mas que é também atraente para aqueles interessados em trabalhar com crítica jornalística nesta área. Para estes, são incluídos também video essays feitos pelo crítico de cinema do New York Times, A.O. Scott.

O link é aberto, mas se você quiser receber atualizações sobre novos vídeos, basta seguir no Vimeo, Facebook ou Twitter. E se você tem curiosidade sobre as possibilidades deste formato dentro do estudo de Cinema e TV, confira o trabalho dos ensaístas abaixo:





Filmografia de Stanley Kubrick (por Martin Woutisseth)

08 julho, 2011

As mídias sociais e o fim dos perfis demográficos

Johanna Blakley, diretora do media think tank da University of Southern California, apresentou no TED Women de dezembro de 2010 um estudo sobre o impacto do entretenimento e da mídia sobre os nossos hábitos sociais e de consumo. Ela defende que os tradicionais “perfis demográficos” usados para definir o target e direcionar a comunicação das marcas não mais refletem com precisão a realidade do mercado. Muitas empresas, baseadas em rótulos simplistas e excludentes, “presumem” o que certos consumidores gostam. Mas para saber o que realmente está em suas mentes - e celulares, TVs, iPods, perfis no Facebook, armários, salas de estar, etc – é preciso saber a que grupos se conecta, quais seus gostos, suas comunidades online, seu comportamento e comentários nas redes sociais.

Quando pessoas se agrupam online, elas não o fazem exclusivamente baseadas em idade, raça, ou gênero. E sim em torno de gostos e interesses. Nas palavras de Blakley: “Para mim é bem mais útil saber que você é fã de Buffy, A Caça Vampiros do que saber qual é a sua faixa etária ou renda média, pois isto me diz muito mais sobre quem você é [ou gostaria de ser].”

Sim, soa um tanto “sinistro” - e é, de certa forma. Mas também não é nenhuma novidade. Já postei aqui sobre mídias sociais e a reinvenção dos níveis de audiência da TV pelo MIT Media Lab. Além disso, nossos hábitos já vem sendo monitorados por pesquisas de mercado e de audiência há décadas. A diferença é que 1) existem agora ferramentas mais aperfeiçoadas para isto, e 2) estamos vivendo muito mais “para fora”, constantemente exteriorizando e compartilhando nossas opiniões e preferências, tanto com conhecidos como desconhecidos online.

Assista ao vídeo da palestra com legendas em português, é só selecionar na parte inferior da tela.



Curso: "TV: DO DESIGN DA CRIAÇÃO À PRODUÇÃO" na PUC Rio



Um curso bem interessante está com as inscrições abertas na PUC do Rio. TV: DO DESIGN DA CRIAÇÃO À PRODUÇÃO tem coordenação acadêmica do professor José Roberto Sanseverino, Mestre em Media Studies pela New School for Social Research, e é direcionado a profissionais de redes de TV, produtoras independentes, professores, estudantes e web designers.


Início: 08 Agosto de 2011 a 06 Fevereiro de 2012
Horário: das 19 às 22 horas, segundas e quartas
Local: PUC Rio (Unidade Gávea)
Carga horária: 108 horas
Mais informações aqui.

02 julho, 2011

Um Conto à Deriva


O teaser do curta-metragemUm Conto à Deriva já está disponível online (assista abaixo). Quem assina a direção é Germano Oliveira, que trabalhou comigo nos teasers de Menos Que Nada. A premissa é bem interessante: depois de atender o celular de um rapaz adormecido, Cássio vira fotógrafo por um dia, e começa a perambular pela cidade conhecendo pessoas com fortes opiniões sobre a imagem.

O curta já foi para o 21º Cine Ceará e acaba de ser selecionado para o 16º FBCU (Festival Brasileiro de Curtas Universitários), no Rio de Janeiro.

Ficha técnica:
Direção: Germano Oliveira
Roteiro: Germano Oliveira e André Araújo
Direção de Fotografia: João Gabriel de Queiroz
Direção de Arte: Pauliana Becker
Som: Tiago Ruppental (Faugaen j. Lanfast)
1ª Assistência de Direção: Tainá Rocha
2ª Assistência de Direção: Amanda Moreno
Trilha: Pedro Schneider
Elenco: Marcos Contreras, Áurea Baptista, Danny Gris, Fernanda Petit e Luiza Ollé


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