18 março, 2013

SxSW 2013: Sobre a distribuição de conteúdo


Direto da SxSW 2013, Fabio Seixas, Diretor Executivo da Conspiração Concept, compartilhou no site do Clube de Criação de São Paulo algumas de suas impressões sobre um dos temas mais discutidos no evento este ano: as novas formas de financiamento e distribuição de conteúdo. Reproduzo abaixo o texto na íntegra (original aqui).


Um dos assuntos sobre o qual mais se falou no SxSW é a distribuição do conteúdo, seja de filmes, músicas ou - por que não? - games. Diferente do passado, quando canais de TV, salas de cinema, rádios e consoles eram as únicas opções, hoje contamos com centenas de soluções. Desde as mais conhecidas, como o Vimeo e o Youtube, para vídeos, e o SoundClound para música, bem como outras mais personalizadas como:

 BandPage, plataforma de música para bandas.
 VHX, para filmmakers que querem vender e distribuir seus próprios conteúdos.
 OUYA, um console de games diferente, que foi lançado no Kickstarter e arrecadou $ 8.5 milhões. Seu lançamento está previsto para esse ano e deve custar em torno de 99 dólares. Produtores de games independentes podem ter sua conta de desenvolvedor (assim como no iTunes) e ganhar dinheiro vendendo games nessa plataforma.


Aliás, o mais legal de tudo o que foi dito é a possibilidade de distribuição independente. Os americanos estão com um mindset super afinado sobre o tema quando falamos de conteúdo independente (ou não), que se resume em criar sua própria audiência (para quem não conhece, o case da Amanda Palmer no TED é uma aula). Só para ter uma ideia, aproximadamente 25% dos livros vendidos na Amazon são de escritores independentes. Hoje, os casos de sucesso não são poucos quando falamos de produção de conteúdo independente.

De todas as ferramentas, a KickStarter é a mais falada e a que vem obtendo muito sucesso para ao mesmo tempo lançar projetos e criar audiência. Para saber quais os projetos mais bem sucedidos acesse Kickstater Stats. Lá você encontra informações do tipo: quase 50% dos projetos publicados foram financiados; as categorias mais bem sucedidas são música, artes plásticas e filmes, respectivamente; 22 projetos captaram mais de $ 1 milhão; 28 dólares é a media de investimento por pessoa/projeto.

Além do dinheiro, o mais importante de um projeto lançado via KickStarter é a audiência que se constrói com ele. Se o seu projeto consegue financiamento, isso significa que ele tem audiência e que ele é bom de verdade (pelo menos para o público pagante). E esse público deve ser cuidado com carinho, pois é o mesmo que vai apoiar um futuro projeto seu e divulgar o projeto atual. Afinal, quando falamos de audiência e visibilidade de conteúdo é bem melhor conseguir captar $ 1 milhão de 50 mil apoiadores/entusiastas, do que de uma pessoa só. E não esqueçam as outras ferramentas, como Facebook, websites e email mkt para construir público, afinal, esse público é seu e não de um projeto apenas. Monte sua base e essa base vai estar sempre lá quando precisar. A Amanda Palmer conseguiu captar mais de $ 1 milhão dos 25 mil fãs que ela tinha no Facebook.


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